poeiraCast 352 – O Rádio
por Bento Araujo 15 nov 2017
Neste episódio, conversamos sobre a influência do rádio na formação da cultura musical, a partir das nossas próprias experiências.
Agradecimentos especiais aos apoiadores: Alexandre Guerreiro, Artur Mei, Caio Bezarias, Carlos Albornoz, Claudio Rosenberg, Dario Fukichima, Ernesto Sebin, Evandro Schott, Flavio Bahiana, Luigi Medori, Luis Araujo, Luis Kalil, Luiz Paulo, Marcio Abbes, Pedro Furtado, Ricardo Nunes, Rubens Queiroz, Sempre Música, Tropicália Discos, Válvula Lúdica e Wilson Rodrigues.
Na boa, mas Maurício Kubrusly foi o cara que criticou negativamente o Milton Nascimento no começo do Clube da Esquina. Segundo o próprio Milton…
Rádio é bom.
É uma televisão sem imagem (alguém já disse isso em algum lugar).
Na minha adolescência, foi lá nas ondas da Rádio Mundial às tardes que eu conheci Elton John e seu “Goodbye Yellow Brick Road”, que o lo(u)cutor teimava em colocar aquelas vinhetas entre as pausas vocais para entrar os solos… Irritante.
Foi lá que fui pego por Earth, Wind & Fire no auge… De dez em dez minutos entrava uma música (ou a MESMA) do grupo e a gente delirava.
Meu pai, sábio em sua ignorância de homem sem instrução, esbravejava que “vai ver esses caras estão xingando você, eu e sua mãe e você aí se derretendo todo a todo volume”… Aprendi inglês mais por causa disso lá atrás que pensando na utilização e necessidade de um segundo idioma em meu futuro (era um moleque de 12, 13 anos).
Recentemente descobri a Kiss FM através de um aplicativo de celular e desde então ela tornou-se diária aqui em casa… E até que os locutores não são assim tão chatos nem disputam grand prix com o Malmsteen (cada um na SUA área, explique-se).
Trabalhei em rádio (Rádio Cataguases AM) lá pelos idos de 1978/1980, está devidamente registrado aqui na Carteira Profissional e tive o orgulho (que carregarei para o túmulo) de ser o primeiro operador da Rádio Cataguases FM, quem apertou o botão da mesa para colocá-la no ar naquela tarde de sábado de um dos meses do ano de 1982… Ao som de Jobim do disco Terra Brasilis… Tocavam discos e mais discos inteiros sem lo(u)cução… Muito bom.
Do sr. Maurício Kubrusly só cito a mágoa de esse sr. ter acabado com a SomTrês, uma revista fantástica que era a bíblia para quem queria saber das novidades lá de fora, tanto em discos quanto em aparelhagem de som… No Fantástico, suas reportagens são descartáveis e em sua maioria, chatíssimas.
Interior é difícil, líamos alguma coisa e não tínhamos acesso a nada.
Aerosmith, bom em toda a década de 70.
Um forte abraço em todos e em cada um.
Ah, Sérgio: Sem tempo para novidades lá no Melomania?
O Steppenwolf até 1976 não tem um disco ruim, e considero o For Ladies Only um dos grandes álbuns dos anos 70. Parabéns ao José pela lembrança dessa grande banda.