A conversa neste episódio é sobre o que de melhor foi lançado no ano de 1978, ou seja, há quatro décadas, período em que o punk e a disco music influenciavam vários estilos de rock, mas em que havia, na verdade, muita coisa acontecendo…
Agradecimentos especiais aos apoiadores: Alexandre Guerreiro, Bruno Santos, Caio Bezarias, Carlos Albornoz, Dario Fukichima, Ernesto Sebin, Evandro Schott, Flavio Bahiana, Lindonil Reis, Luis Araujo, Luis Kalil, Luiz Paulo, Marcio Abbes, Pedro Furtado, Rossini Santiago, Rubens Queiroz, William Peçanha e Wilson Rodrigues.
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O poeiraCast
poeiraCast é um programa semanal de bate-papo, na verdade uma mesa redonda livre e direta sobre o assunto que a gente mais aprecia: música. Ajeite-se na poltrona e boa curtição. Toda quarta-feira tem novo episódio no ar.
Direção e Produção: Bento Araujo
Locução e Edição: Ricardo Alpendre
Bento Araujo
É jornalista e fanático por rock desde os primeiros anos de idade. Começou tocando em bandas e trabalhando em lojas de discos. Em 2003, criou a poeira Zine. Desde então teve seus textos e ensaios também publicados nos jornais O Estado de São Paulo e Folha de São Paulo, e nas revistas Bizz, Rolling Stone, Rock Brigade, Roadie Crew etc. Como apresentador, trabalhou com Gastão Moreira e Edgard Piccoli no programa Heavy Lero. Como palestrante, mediador e curador, participa de eventos musicais por todo o País.
José Damiano
Colecionador e apreciador de música, José foi por quase 20 anos o homem à frente da loja de discos Nuvem Nove, um dos mais respeitados points de música do país. José deixou muitos órfãos por aí e agora está de volta com suas polêmicas neste poeiraCast. Foi guru musical de muitos fãs, críticos e músicos da cena paulistana e dentre os ex-funcionários de sua saudosa loja estão Sérgio Alpendre e Bento Araujo. O primeiro foi eleito por José como “Deus”.
Sérgio Alpendre
“O meu negócio é cinema!”. Ele sempre aparece com essa desculpa, mas todo mundo sabe que o negócio dele também é música. Polêmico como poucos, Sérgio Alpendre atua como crítico de cinema na Folha de S. Paulo e na Revista Interlúdio. Foi editor da revista Paisá e sócio-proprietário da loja de discos Jardim Elétrico. É também um fervoroso apreciador do tecnopop da década de 80… “Mas o que ele está fazendo nesse podcast então?”, você deve estar se perguntando. Ouça e encontre a sua resposta.
Ricardo Alpendre
Rocker acima de tudo, nosso popular “Cadinho” é o âncora do poeiraCast. Ele que apresenta o programa, mas nem por isso deixa de dar os seus famosos pitacos. É locutor, jornalista e também cantor. Ricardo é o irmão mais novo de Sérgio, e com ele fundou a loja de discos Jardim Elétrico, que funcionou no centro de São Paulo. Nosso âncora adora o rock básico dos anos 50 e não se conforma da pZ nunca ter feito uma capa com algum ícone do rock daqueles tempos.
Excelente programa e sem enrolar 10 discos de MPB que eu gosto bastante:
Tim Maia Disco Club
Gafieira Universal – Banda Black Rio
Agua Viva – Gal Costa
Feitiço – Ney Matogrosso
Geração do Som – Pepeu Gomes
Chico Buarque (o que tem Feijoada Completa)
A Cor do Som Ao Vivo em Montreux
Amor de Indio – Beto Guedes
Corra O Risco – Olivia Byington
Ze Ramalho (primeiro album solo que tem Avohai)
E agora 10 discos de Rock preferidos sem pensar muito:
Cornonstípicum – M.I.A.
Anabelas – Bubu
Heavy Horses – Jethro Tull
Photo-Phinish – Rory Gallagher
Steve Hackett – Please Don’t Touch!
Long Live Rock ‘n’ Roll – Rainbow
Obsession – UFO
Dire Straits – same
Hot Streets – Chicago
Minute by Minute – Doobie Brothers
Excelente programa. A banda magazine tem arranjos tao elaborados e tao bem executados que fica inevitavel pensar naquelas conexoes entre progressivo e pos punk.
Vacilaram feio quando esqueceram de citar o melhor álbum lançado em 1978: Love Beach – ELP! (hahahahahaha, zoeira).
Parabéns pela ótima análise desta época que muitos insistem em dizer que o rock havia morrido.
E pra não fugir do padrão Poeira, segue meu top 5 de álbuns não citados por vocês:
* Bubu – Anabelas
* XTC – White Music
* The Rutles (com o Ollie Halsall!)
* Bruce Springsteen – Darkness On The Edge Of Town
* Devo – Q: Are We Not Men? A: We Are Devo!
(e ainda teria espaço pro Talking Heads, Gerry Rafferty, Jarre, Journey, etc…)
Olá.
Primeiro, é muito legal ouvir vcs comentando os comentários.
Depois, ODIAR EL&P é perfeitamente normal (sei que são grandes, mas dentro os gigantes do gênero, considero-os os anões do prog).
Não ouço lá muitos discos nacionais, então lá vão os que REALMENTE me interessam:
Toto – Toto (excelente!)
Patti Smith – Easter (uma ode às axilas peludas)
Rainbow – Long Live Rock and Roll (imperdível, necessário)
UFO – Obsession (mesmo com Schenker em um estúdio e o resto da banda em outro, como foi possível fazer esse álbum perfeito?????!!!!)
Steve Hackett – Please Don’t Touch (muito bom e com algumas participações interessantes)
Jethro Tull – Heavy Horses (pra mim, segundo de uma trilogia que se encerraria com o “Stormwatch” (o primeiro seria o “Songs From the Wood”)… Nunca fizeram nada parecido desde então)
Genesis – …And Them There Were Three (mesmo mal gravado – o som é meio esquisito, tanto em CD quanto em vinil)
Queen – Jazz (padece, sonoramente falando, do mesmo mal que o do Genesis… A banda e o Roy Thomas Baker deram uma cochilada… O som está “murcho”)
Journey – Infinity (estreia do “nosso menino” – desculpem me – Steve Perry e em grande estilo)
Joe Walsh – …But Seriuosly, Folks! (na boa, tentem ouvir “Theme From Boat Weirdos” e segurar as lágrimas!!)
José< eu tenho uma teoria de que o "Wind & Wuthering" pode ter sido gravado ANTES do "A Trick of the Tail", para quem como eles vinham ladeira abaixo sem freio no progressivo fazer um disquinho pop sem vergonha em pleno 1976 como este "A Trick of the Tail", acho que essa minha teoria se justifica.
Duelo = Steve Hackett.
No mais, o que acharam do Peal Jam no tal Lollapaloosa?
Um abraço em todos e em cada um.
Concordo demais com o primeiro tópico. ?
Salve salve galera do poeira , cada vez mais voces estão se tornando referencia, tenho conhecidos que elogiam ou criticam bandas, musicas, ou coisas mais usando voces como referencia, “MAS O BENTO FALOU ISSO, O ZE DAMIANO DISSE AQUILO, O CADINHO NÃO GOSTA,O SERGIO GOSTA… Parabens,isso me dá uma ponta de orgulho, afinal comprei o poeira zine zero no lançamento, acompanhei voces por todos os anos, ouço o poeira desde o primeiro, tenho todos baixados, e reouço com frequencia. Toda quarta ouço pelo menos 2 vezes na sequencia , as vezes 3. como ouço enquanto trabalho, as vezes perco algum detalhe,então pra absorver tudo, ouço mais de uma vez na sequencia.
Esse poeira realmente foi um dos melhores de todos os tempos pra mim, estava no auge da adolecencia, descobrindo o mundo, então tudo aquilo é muito presente na minha formação,amo tudo que voces citaram, a é claro teria centenas de coisas a acrescentar, como disse o Cadinho, esse é um programa que não vai acabar nunca. Mas gostaria de citar apenas duas coisas, Foi o ano do lançamento do maior disco da historia para mim, NA QUADRADA DAS AGUAS PERDIDAS, DO MESTRE ELOMAR, e Deus lançou o disco que mais gosto e ouço na vida , o STUDIO TAN. Bem é isso, esse é com certeza o poeiracast que mais vou reouvir com o passar do tempo, abraços a todos , até quarta que vem.
Meu top5:
1 – Power in the Darkness – Tom Robinson Band
2 – Respire Fundo – Walter Franco
3 – So Alone – Johnny Thunders
4 – Ao Vivo no Montreaux Jazz Festival – Ivinho
5 – Jesus of Cool – Nick Lowe
Um salve pro Bento por lembrar desse discaço do Ivinho, primeiro brasileiro no Montreaux ’78, sozinho no palco improvisando tudo com seu violão furado, a lendária Furiola. E aplaudidíssimo, enquanto A Cor do Som em seguida não foi – apesar de também terem feito um belo disco daquela apresentação. Ainda nos instrumentais brasileiros, chegaram a falar do Jardim da Infância na primeira parte, mas ninguém lembrou do Robertinho no Passo, que pra mim é o grande álbum de guitarra instrumental brasileira, seja do Robertinho de Recife ou de quem for, com o apoio do Hermeto Pascoal. E, claro, o Corra o Risco também é um discão, que bom que falaram tanto nele.
Dos internacionais, a versão de Daddy Rolling Stone tem um encontro único, mas música por música, acho que não é nem das melhores do So Alone do Johnny Thunders, que eu considero o melhor álbum que ele fez na vida, solo ou não. No mais, senti falta do Jesus of Cool, primeiro solo do Nick Lowe, que eu acho até melhor que o This Year’s Model que ele produziu simultaneamente pro Elvis Costello. E o meu preferido do ano, o Power in the Darkness da Tom Robinson Band, que ninguém nunca presta atenção, mas que eu acho que funde o melhor do punk e do power pop/new wave, que muita gente tentou fazer e não conseguiu tão bem. Da Europa continental, acho que seriam dignos de menção também o Ça Plane por Moi, new wave e mod revival de primeira do belga Plastic Bertrand; o Ex Fan des Sixties, quando a francesa (ex-inglesa) Jane Birkin chega no auge da maturidade artística como intérprete solo, com algumas das melhores composições do Serge Gainsbourg também; e pra fechar, o esquisitíssimo e fundamental Egon Bondy’s Happy Hearts Club Banned, dos tchecos do Plastic People of the Universe, que saiu originalmente na França em ’78, apesar de gravado alguns anos antes meio na clandestinidade.
Tem muita coisa pra falar, mas como algum de vocês bem apontou, tiveram muitos muito álbuns bons nesse ano que ficaram justamente eclipsados pelos anteriores ou seguintes melhores ainda. Sem dúvida um ano musicalmente bacana, mas talvez não tenha sido tão marcante assim, no fim das contas.
E se falei de um que chegou atrasado em ’78, falo também de um que era pra ser de ’78 e atrasou. Depois do Fim, do Bacamarte, que acabou só saindo em ’83, mas não deixa de ser um dos maiores discos do progressivo latino americano.
Parabéns pelo sensacional programa! Sempre um deleite ouví-lo ao preparar o jantar! O PoeiraCast já tem cheiros e sabores pra mim, além dos sons!
Apenas um comentário de minha parte: discordo veementemente quanto ao Hemispheres. Para mim, foi onde a banda sorveu o último e mais extremo copo de prog rock. Arranjos ousados, conceito complexo e um nível técnico assustador para uma banda que acabava de completar quatro anos desde o primeiro registro. De maneira nenhuma se situa abaixo do A Farewell to Kings ou o Permanent Waves, em minha sincera e humilde opinião.
Vida longa ao PoeiraCast!
Ah não, como pode alguém que almoça UFO não colocar na lista dos melhores de 78 o espetacular Obssession????
Boa!!!!!!!!!!!
Falha imperdoável!!!
José
Realmente o Tom Waits tem algumas coisas inaudíveis!! até eu concordo com isso! Mas do início de carreira até o “Rain Dogs” todos são bons “paracaraleo”
Olá, Bento! Estava ontem ouvindo o podcast no carro quando fui surpreendido com a menção ao meu nome! Estou pensando em processar a todos! Brincadeira, é claro. Resolvi escrever para esclarecer duas duvidas levantadas: o primeiro disco do Purple lançado no Brasil não foi o Machine Head e o Book of Taliesyn não saiu aqui em 1968. As demais informações podem ser encontradas no sensacional compêndio “Discografia do Deep Purple em vinil no Brasil”, que pode ser obtida gratuitamente a partir do link http://arquivosdoeremita.com.br/?p=117
Saudações alviverdes!
Cucci
João, muitíssimo obrigado por compartilhar esse conteúdo. Ainda tenho o Into the Purple nº04 já bem surrada depois de tanto tempo.
Lembro-me de procurar outras edições, mas a loja que vendia não tinha mais nenhum exemplar antigo (a Metal, em Santo André).
Bons tempos…
Abração!
Vandré.
Grande programa, esse tipo é dos meus preferidos ou quando vcs focam especificamente numa cena ou tema, acompanho a anos e já reouvi todos os programas varias vzs, e sempre faço isso pq eh uma grande fonte de pesquisa e como é muita coisa não dá pra pegar tudo de primeira ou numa única audição as vzs.
Faltou o grande Guilherme Lamounier de 1978, disco que sempre aparecia no youtube nos relacionados mas demorei a ouvir e de uns anos pra cá tenho andando viciado na obra desse cara.
Bentão… Vc tem noticias mais atualizadas sobre ele? Pois na internet é tudo muito antigo, abração a todos e rumo aos mill poeiracasts.
Não falaram do melhor álbum de estreia de todos os tempos, Van ¨Fuckin´¨Halen. Imperdoável 😀