O que deu errado com o ARMAGEDDON? Por que a banda ficou somente num único disco?
Em 1975, o surgimento de um supergrupo hard contando com ex-integrantes de bandas como The Yardbirds, Captain Beyond, Johnny Winter And, Renaissance e Steamhammer parecia realmente promissor. Na prática, a história foi diferente… Mas o que deu errado com o ARMAGEDDON? Por que a banda ficou somente num único disco? Talvez as respostas estejam neste texto…
O Steamhammer foi mais uma daquelas bandas surgidas bem no centro da explosão do blues rock britânico, ou seja, em 1968. Serviram de banda suporte para aparições britânicas de Freddie King, emplacaram um single que foi regravado pelo Status Quo (“Junior’s Wailing”) e deixaram quatro recomendáveis álbuns para a posteridade. É com o derradeiro deles, Speech (1972), que começa a nossa história.
Naquela altura, o Steamhammer era, na verdade, um trio, com Martin Pugh na guitarra, Louis Cennamo (ex-Renaissance) no baixo e Mick Bradley na bateria. Ocasionalmente, contavam com um vocalista contratado (o ex-Fuzzy Duck, Garth Watt-Roy), mas Speech trazia apenas três longas faixas “quase” instrumentais. A produção do álbum ficou por conta de outro ex-Renaissance, Keith Relf, que na década anterior havia sido o homem de frente de uma das bandas mais importantes do período, The Yardbirds (mais na pZ #42).
Apesar do belo registro fonográfico do Steamhammer com Speech, o fim do grupo aconteceu logo após a inesperada morte do baterista Mick Bradley, vítima de leucemia. Antes do fim, no entanto, aconteceu um show no Marquee em homenagem a Bradley, contando com a presença de amigos e bandas como Atomic Rooster, Beggars Opera, If, Gringo e o que havia sobrado do Steamhammer.
Em novembro de 1973, numa tarde chuvosa do outono britânico, Martin Pugh, Louis Cennamo e Keith Relf tomavam chá e conversavam sobre o futuro. Foi Pugh que, do nada, perguntou sobre os contatos que Relf tinha feito nos EUA, quando excursionou por lá com o Yardbirds e com o Renaissance. Estava lançada a semente de um novo projeto musical.
Keith Relf: “Decidimos ir para os EUA para ficar próximo do coração da indústria musical. Na Inglaterra essa indústria era um pouco negativa. Mandamos tudo pro espaço e fomos para a América”.
Relf, Pugh e Cennamo estavam à procura de um baterista, e numa cidade como Los Angeles, seria fácil achar um. Foi na segunda noite de Relf em Hollywood que ele encontrou Bobby Caldwell no Rainbow Bar, um dos points roqueiros mais descolados da cidade. Caldwell era um baterista experiente e virtuoso, tendo tocado com nomes como Johnny Winter e Captain Beyond. Relf ficou com o telefone do baterista, mas na verdade seu desejo era trazer Aynsley Dunbar para o seu novo projeto. Uma ligação foi feita a Dunbar, que estava começando a tocar numa nova banda fusion californiana chamada Journey. Dunbar falou algo do tipo para Relf: “No momento eu não posso, mas conheço um cara muito bom chamado Bobby Caldwell e ele está procurando uma banda”. Era o que Relf precisava ouvir naquele momento. Além do mais, a sonoridade do novo projeto que estava nascendo tinha muita relação com a música praticada pelo Captain Beyond.
Sem dúvida! Uma bela estréia! Tenho esse disco em lp nacional (zeradinho) que comprei aqui em Belo Horizonte a uns 20 anos atrás, e não canso de ouví-lo, onde a banda produz um hardrock de qualidade, e que com toda certeza, pela bagagem que tinham, afinal seus integrantes já vinham de experiências com outras bandas, passariam tranquilamente no teste do 2o disco….uma pena !!