El Ritual – O disco mais satânico da América Latina!
Considerada por muitos como a melhor banda mexicana de todos os tempos, a verdade é que Gonzalo Chalo Hernández (baixo), Alberto Lalo Barceló (bateria), Frankie Barreño (vocais, guitarra e flauta) e Martín Mayo (teclados) estavam à frente de seu tempo.
Não só na música que praticavam, mas também na temática de suas letras. Antenados com o que rolava de mais pesado nos EUA e na Inglaterra, a proposta satânica do El Ritual corria ombro a ombro com a praticada por grupos como Black Sabbath, Coven e Black Widow.
Foi em 1970 que o conjunto começou a chamar atenção da juventude mexicana. Tocaram no hoje legendário festival Rock y Ruedas, em Avándaro, onde problemas técnicos comprometeram sua temida performance. Apresentavam-se com os rostos pintados e faziam isso muito antes de Alice Cooper, Kiss e Secos & Molhados.
Lançaram somente um EP (Easy Woman) e um LP, El Ritual, editado em 1971 pelo selo Raff. O álbum é obrigatório para quem curte rock desse período. As principais referências musicais são Uriah Heep e Jethro Tull. O trabalho de Hammond do tecladista Martín Mayo é muito bom e se destaca. Os títulos de algumas composições são assustadores: “Satanás”, “Peregrinación Satánica”, “Muerto e Ido” e “Bajo el Sol y Frente a Dios”.
Não era nada fácil manter uma postura musical macabra no México do início da década de 70. Reza a lenda que, por pressão do governo, a banda foi obrigada a encerrar suas atividades enquanto trabalhava em seu segundo disco, que já tinha até nome: The Land I Told You About.
Texto originalmente publicado na pZ46.