Estava feita a conexão entre arte gráfica e a música do Wishbone Ash, uma fusão de rock, folk e prog.
Argus
(Decca/MCA, 1972)
Design e foto: Hipgnosis
Assim como o OVNI que paira na contracapa, a confecção da arte gráfica de Argus, hoje, 40 anos depois, ainda soa como coisa de outro mundo, como explicou Martin Turner (o baixista da banda) na biografia Blowin’Free: Thirty Years of Wishbone Ash: “A capa de Argus é particularmente relevante em relação à música contida no álbum. A foto se relaciona com a música. O pessoal do estúdio Hipgnosis gostava de sentar com os músicos e construir novas ideias a partir disso. Eles realmente se envolviam com a música para poder interpretá-la na capa. Eles até se mandaram para o Sul da França para achar o local ideal para a foto. Tivemos que esperar horas e horas para o disco voador surgir! Você pode interpretar essa capa de diversas maneiras. De certa forma a imagem resume o tempo”.
Uma desoladora foto de um guerreiro medieval, ou do guardião/sentinela Argos propriamente dito – na mitologia grega, o filho de Zeus e Niobe – avistando um disco voador, com aquela bucólica paisagem de fundo. Estava feita a conexão entre arte gráfica e a música do Wishbone Ash, uma fusão de rock, folk e prog.
Foi de Storm Thorgerson (um dos cabeças da Hipgnosis) a ideia de captar a foto na região da Provença, especificamente no alto do Gorge du Verdon, um canyon com milhares de metros de altura, considerado um dos mais belos da Europa.
Com medo da altura elevada, a equipe resolveu fazer a foto da beira da estrada mesmo, como relatou Thorgerson: “Saiu caro pra banda mandar a gente até lá. Apesar de terem curtido o resultado, aquela foto poderia ter sido feita em qualquer canto da Inglaterra, por um valor muito menor, mas claro que eu não contei isso pra eles!”
Reza a lenda que a capa de Argus inspirou George Lucas a criar seu Darth Vader e as conexões cinematográficas não param por aí. Bruce Atkins, o sujeito que fez o papel de Argos, recentemente declarou ao jornal britânico The Guardian: “Eu estava usando o capacete e a capa que Ken Russell usou em seu filme The Devils. E sinto dizer, mas na nossa correria para voltar para Londres, esquecemos no aeroporto a espada que Roman Polanski usou em Macbeth”.
É um excelente álbum. Eu o tenho em vinil em minha coleção e também em CD. Porém sinto que o som do vinil é infinitamente mais nostálgico. Irei ouvi-lo nessa noite na minha sala assim que chegar em casa.
O melhor disco do Wishbone Ash.
Esse disco é maravilhoso!!! Adorei a matéria!!!
Como disseram qualquer local da Inglaterra seria bom