Contos da época em que o rock era uma crença espiritual
É quase impossível não ser nostálgico quando o assunto é rock ‘n’ roll. Lembrar o período onde o rock era tratado como religião é o mote do escritor Peter Bebergal em seu novo livro, Season of the Witch: How the Occult Saved Rock and Roll.
A união entre música e misticismo é tão antiga quanto a história do mundo e, dos anos 50 pra cá, o diabo se tornou indisputavelmente o “pai do rock”. As razões e as consequências desse “pacto” estão nas páginas da obra, que passeia com sagacidade pela vida de artistas, bandas e celebridades como David Bowie, Killing Joke, King Crimson, Arthur Brown, Led Zeppelin, The Rolling Stones, Aleister Crowley e Kenneth Anger.
O espírito original do rock é o da rebeldia e a principal reinvidicação do livro é alertar que, no início do gênero, o que existia era também uma rebeldia espiritual, tomando conta dos jovens, seduzidos então pela conotação pecaminosamente sexual do rock. Outra análise interessante é a de como músicos e fãs criam e cultivam uma mística ao redor de sua música e como essa arte acaba sempre sendo execrada pelo mainstream e por grupos radicais religiosos.
Por enquanto, não existe previsão de Season of the Witch: How the Occult Saved Rock and Roll sair no Brasil.