Diversos livros revisitam a história do rock argentino
Enquanto no Brasil a produção de livros dedicados a investigar o rock nacional ainda é tímida, na Argentina o mercado parece mais aquecido do que nunca, com dezenas de títulos sendo lançados a cada ano. Os mais recentes lançamentos abordam bandas, artistas, ou mesmo gêneros específicos.
Luis Alberto Spinetta, por exemplo, é protagonista em duas obras: Cronica e Iluminaciones e Una Vida Hermosa. O primeiro é uma reedição, ampliada e revisada, do original de 1988, onde Spinetta conta sua trajetória de forma cronológica ao escritor e jornalista Eduardo Berti. O segundo é uma leitura existencial e poética do artista pela visão de Miguel Grinberg, que entrevistou El Flaco diversas vezes. O mesmo Grinberg acabou de lançar Un mar de metales hirvientes: Crónicas de la
Resistencia Musical en Tiempos Totalitarios (1975-1980), onde apresenta um dos períodos dourados do rock argentino sob a repressão da sangrenta ditadura portenha.
Silencio Marginal: Memorias del Rock Argentino, de Eduardo Casali, Lautaro Castro e Maximiliano Ceci vai na mesma onda, analisando o surgimento da cultura rock pela Argentina. Já El Bohemio Va – Código Nebbia, é mais um volume da série da Ediciones Disconario dedicada aos grandes nomes da música local. Desta vez o abordado é o grande e influente Litto Nebbia, fundador do Los Gatos e pilar do rock local.
La Biblia Del Rock – Historias de la Revista Pelo é um dos mais interessantes lançamentos, pois contém histórias, crônicas, fotos e ensaios da maior publicação musical da Argentina, que inclusive era consumida também no Brasil e outros países da América do Sul. O criador e editor Daniel Ripoll escreve o prólogo e dá as cartas, celebrando a Pelo, que relatava com fervor tanto a cena local como a internacional.