MC5
O clima é de revolução sonora, já que o MC5 adorna essa importante edição da pZ. A banda de Detroit teve uma trajetória única dentro da história do rock e muitos dos altos e baixos protagonizados por eles estão neste número. Sendo jovem e vivendo num subúrbio de Detroit, no início da década de 60, você contava apenas com algumas opções: ir para o colégio, para uma fábrica de automóveis ou para o Vietnã. Somente uma outra opção anulava essas três acima: o rock ‘n’ roll. Foi essa a opção de três rebeldes garotos: Fred “Sonic” Smith, Wayne Kramer e Rob Tyner – todos prestes a fundar o grupo de rock que seria a encarnação definitiva do espírito da cidade de Detroit, assim como os Beach Boys encarnavam o espírito da Califórnia e o Velvet Underground, o espírito de Nova York.
BEHIND THE IRON CURTAIN
Os primeiros shows das grandes bandas de rock por trás da Cortina de Ferro!
Após a beatlemania e a Invasão Britânica de 1964, o mundo jamais foi o mesmo. Nos quatro cantos do planeta, o fenômeno do rock ‘n’ roll tomava os jovens de assalto. Nem mesmo o hermético bloco socialista do leste europeu passou ileso a tamanha revolução. Logo havia uma demanda para apresentações de artistas internacionais do lado de dentro da Cortina. A pZ investigou as aventuras de alguns pioneiros que se aventuraram do lado de lá do muro de Berlim, algumas décadas antes dele vir abaixo. Estrelando: Rolling Stones, Beach Boys, Zappa, Deep Purple etc.
PROTOFONIA
Foi uma agradável surpresa receber o LP A Consciência do Átomo, o novo trabalho do Protofonia. O trio brasiliense de música livre e instrumental superou todas as expectativas neste seu segundo disco, produzido por Pedro Baldanza (Som Nosso de Cada Dia) e lançado pelos selos Miniestéreo da Contracultura e Editio Princeps. A Consciência do Átomo passou semanas rolando constantemente aqui na vitrola da redação, então nada mais natural convidar os três integrantes do conjunto (André Chayb, André Gurgel e Janari Coelho) para uma conversa franca sobre música.
DOUG SAHM
Explorador musical não conformado desde antes mesmo do rock existir, o sujeito mais cabeludo de todo o Texas dos anos 60, englobou todas as tendências culturais do seu estado: blues, hillbilly, bluegrass, rock e a música tradicional mexicana da fronteira. Depois de uma temporada em São Francisco, ele voltou a Austin para se tornar o cowboy cósmico definitivo (junto com Gram Parsons), apagando qualquer preconceito entre a fusão do country com o sonho hippie, ao lado de seu Sir Douglas Quintet. Depois de alguns hits mundiais, saiu em carreira solo (sempre acompanhado de amigos ilustres) e fundou o “Traveling Wilburys do Tex-Mex”: The Texas Tornados.
O LADO B DA PSICODELIA BRITÂNICA EM DEZ COMPACTOS
1967. O ano chave do Verão do Amor, de Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band e da explosão psicodélica. Nos EUA, São Francisco vira a terra prometida, com Grateful Dead, Jefferson Airplane, The Charlatans, Moby Grape, Quicksilver Messenger Service, Tripsichord Music Box, It’s A Beautiful Day, Big Brother and the Holding Company etc. Na Inglaterra, os próprios Beatles já tinham impulsionado a revolução, com Revolver, no ano anterior, quando outros nomes como Donovan, The Yardbirds e Cream também embarcavam na onda lisérgica. Quando 1967 chegou, a Inglaterra foi tomada pelo sonho technicolor através do Soft Machine, Pink Floyd, The Jimi Hendrix Experience, The Move, Tomorrow, Traffic, Blossom Toes, Art, Nirvana, Kaleidoscope, Family, The Iddle Race, The Creation e até grupos que flertaram ambiciosamente com o gênero: The Rolling Stones, The Small Faces, The Hollies, Bee Gees, The Pretty Things, The Who, Eric Burdon & The Animals, Moody Blues, Procol Harum, The Incredible String Band e Status Quo. Mas, no meio dos elepês desse pessoal, foram lançados alguns compactos cruciais, verdadeiras pérolas da psicodelia britânica que acabaram sendo deixadas de lado com o passar das décadas. Em muitos casos, esses sete polegadas acabaram sendo os únicos lançamentos dessas bandas e artistas, que jamais contaram com a devida consagração e reconhecimento. A pZ resolveu então mergulhar fundo e escavar dez obscuros compactos psicodélicos, lançados no segundo semestre de 1967, celebrando assim um dos períodos mais criativos do rock britânico.
FRANCO BATTIATO
A longa e produtiva carreira do italiano Franco Battiato é pontuada pelo entretenimento garantido ou pela incerteza atroz. Seus discos lançados a partir de 1978 são de um pop certeiro e dançante, enquanto que sua fase anterior, vanguardista e experimental, só foi devidamente digerida depois que ele foi taxado de gênio pelo, digamos, conjunto da obra. A fase que mostramos nessa edição é a mais difícil e compreende seus primeiros LPs lançados pelo selo italiano Bla…Bla.
LODO
Nosso colaborador Nelio Rodrigues investiga a obscura banda carioca Lodo, que não deixou nenhum disco gravado, mas foi importante para o rock brasileiro dos anos 70.
ARCADIUM
O Arcadium é a quintessência do grupo obscuro. Quase nada se sabe sobre a história de seus músicos ou mesmo o que aconteceu com eles depois que resolveram passar a régua. Gravaram um LP, um single, participaram de duas coletâneas sem músicas inéditas e caíram no ostracismo.
BADLANDS
Entusiastas das grandes bandas de rock dos anos 70, os quatro talentosos integrantes do Badlands tentaram trazer um pouco de musicalidade e competência à cena do hair/glam metal do final dos anos 80. Infelizmente os egos falaram mais alto e o grupo durou menos que cinco anos.
E MAIS:
Buffalo Springfield, The Numbers Band, Paul Kantner, The Beckies, Pretty Things, Costa Blanca, Lewis Furey, Dionne-Brégent, Keith Emerson, Maurice White etc.